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Crítica | Kasa Branca

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 19 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de abr.

Drama nacional de Luciano Vidigal retrata realisticamente os desafios da periferia com um elenco cativante, mas carece de um aprofundamento mais consistente de alguns personagens


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O filme brasileiro "Kasa Branca", de Luciano Vidigal, tem como base fatos verídicos e narra a tocante trajetória do jovem Dé, que reside na periferia de Chatuba junto com sua avó, Dona Almerinda. Infelizmente, ela enfrenta as dificuldades trazidas pelo Alzheimer e sua expectativa de vida é curta. Com a companhia de seus 2 amigos, Adrianim e Martins, Dé se dedica a fazer o melhor uso do tempo ao lado da avó, mesmo que isso implique em sacrificar alguns de seus princípios.


A intensa devoção que o personagem, habilidosamente representado por Big Jaum, sente por sua avó é profundamente comovente e, sem dúvida, despertará emoções únicas que somente aqueles que já zelaram por um ente querido ou amigo doente poderão realmente entender. Teca Pereira captura de modo impactante a sensação de aprisionamento que o Alzheimer impõe.


Diego Francisco e Ramon Francisco, acompanhados da talentosa Gi Fernandes, que participou das produções "Os Outros" e "Justiça 2", conseguem transmitir momentos carregados de emoção enquanto buscam auxiliar Dé. Ele se depara com um conjunto de desafios: além de cuidar da saúde da avó, que necessita de remédios caros e consultas em um local pouco acolhedor, tem que enfrentar o peso de um aluguel altíssimo. Para complicar ainda mais, Dé também sofre com episódios de racismo por parte da polícia e a preocupante indiferença de seu pai. Lamentavelmente, esses assuntos refletem a dura realidade enfrentada por muitas pessoas nas regiões periféricas, em particular os membros da comunidade negra.


Adrianim e Martins apresentam trajetórias pessoais intrigantes, focadas no romance. No entanto, a ausência de um desenvolvimento mais elaborado resulta em eventos que parecem um pouco rasos, dando a impressão de que servem apenas como um preenchimento dispensável. Além disso, embora tenhamos consciência dos problemas enfrentados pelo protagonista Dé, sinto que a exploração de sua personalidade poderia ter sido mais abrangente, especialmente no que diz respeito à sua dinâmica familiar do passado, tanto em relação à decisão do pai de se afastar quanto à forma como sua avó era antes de adoecer.


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Pedro Barbosa


Sinopse: Dé é um adolescente negro da periferia da Chatuba, Rio de Janeiro, que recebe a notícia de que sua avó, Almerinda, está na fase terminal da doença de Alzheimer. Ele tem a ajuda de seus dois melhores amigos, Adrianim e Martins, para enfrentar o mundo e aproveitar os últimos dias de vida com ela.























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