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Crítica | Outro Pequeno Favor

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 6 de mai.
  • 3 min de leitura

Sequência do divertido suspense de Paul Feig de 2018 acaba tropeçando ao tentar repetir o sucesso, caindo em uma história que acaba sendo bem sem graça


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A tão esperada continuação de "Um Pequeno Favor", o aclamado suspense com toques de comédia de 2018 que conta a saga da mãe solteira Stephanie, que acaba fazendo amizade com a sofisticada Emily, já está disponível exclusivamente no Prime Video. Ao contrário do primeiro filme, que fez bastante sucesso nos cinemas e arrecadou cerca de 97 milhões de dólares mundialmente, essa nova parte foi lançada diretamente no streaming.


Depois dos acontecimentos turbulentos do longa anterior, no qual Emily foi felizmente capturada graças às habilidades de investigação de Stephanie, "Outro Pequeno Favor" faz um pequeno avanço no tempo. Agora, Stephanie é uma vlogger de crimes reais e uma detetive amadora popular, tendo até escrito uma obra sobre sua ligação com Emily Nelson e a prisão dela. As duas se encontram novamente quando Emily já está em liberdade e a convida para ser sua dama de honra, mas com uma condição: Stephanie precisa aceitar ou enfrentará um processo devido ao livro que fala sobre Emily, publicado sem o seu consentimento.


A ideia de continuar a história de proximidade entre Stephanie e Emily, que foi construída com uma mistura de amor e ódio, não é ruim. Afinal, a química entre as atrizes Anna Kendrick e Blake Lively em "A Simple Favor" foi realmente envolvente. No entanto, em "Another Simple Favor", o fenômeno não se repetiu, principalmente por um roteiro que soou um pouco artificial. Desta vez, os conflitos parecem forçados, com as protagonistas trocando farpas que parecem ensaiadas. Além disso, a introdução de uma trama com máfia acabou deixando o tom um pouco diferente do esperado. No geral, não conseguiu alcançar o mesmo nível de sutileza e humor negro presente na narrativa original, que abordava temas profundos, como a maternidade, de uma forma divertida e delicada.


Conforme o casamento extravagante de Emily com um empresário italiano muito rico vai se desenrolando por caminhos perigosos, as coisas começam a ficar cada vez mais confusas. Algumas pessoas importantes acabam sendo assassinadas de um jeito que não provoca o impacto que a gente esperava, e há uma reviravolta interessante envolvendo o passado complicado da Emily. Porém, essa revelação é explorada de uma maneira que não ficou muito adequada, chegando até a parecer um pouco engraçada no momento errado.


Embora não chegue aos pés do primeiro título, tenho que aplaudir as atuações de Kendrick, que mais uma vez arrancou gargalhadas com sua personalidade ultradivertida, e Lively, que trouxe à vida, com perfeição, o ar convencido da enigmática e sedutora Hope McLendon. O resto do elenco também faz bonito, especialmente Henry Golding, que já conhecemos como Sean, o ex-marido de Emily, e Michele Morrone, que traz um charme marrento como o noivo Dante. Por outro lado, as participações de Allison Janney e Elizabeth Perkins, interpretando a tia e a mãe de Emily, foram desperdiçadas em cenas de comédia sem sal, mereciam um arco mais digno.


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Pedro Barbosa


Sinopse: Stephanie Smothers e Emily Nelson se reencontram na deslumbrante ilha de Capri, na Itália, para o luxuoso casamento de Emily com um rico empresário italiano. Junto com os convidados glamourosos, prepare-se para crime e traição marcando presença na lista do casamento com mais reviravoltas do ano.



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