Crítica | A Sombra de Caravaggio

Drama histórico sobre o pintor italiano Caravaggio é repleto de ótimas atuações e um enredo bem estruturado

Entre 8 de novembro e 9 de dezembro deste ano, o 18º Festival de Cinema Italiano acontecerá no Brasil, apresentando diversas obras cinematográficas. Entre elas, destaca-se "A Sombra de Caravaggio", dirigido por Michele Placido. Trata-se de um drama histórico que retrata a vida de Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio, um famoso artista italiano do século XVII. A produção promete oferecer ao público uma visão sobre o tormento interno do pintor, que, apesar de controverso, era incrivelmente talentoso.

Logo no começo do filme, a audiência é imediatamente conquistada pela fotografia atraente que apresenta uma mistura de tons quentes e frios. Além disso, a ótima composição dos figurinos do período torna a experiência ainda mais imersiva e convincente para o espectador.

Com uma duração de aproximadamente 2 horas, o longa-metragem se beneficia de performances fortes de quase todo o elenco, especialmente dos atores Riccardo Scamarcio, que de forma magistral interpreta o protagonista visionário, e Louis Garrel, que adiciona um tom sombrio e excelente ao papel do rival de Amerighi. Ademais, podemos contar com a presença de Isabelle Huppert, que, mesmo que não entregue uma de suas melhores atuações, se destaca nos poucos momentos em que aparece em cena.

Tanto para aqueles que já conhecem a história quanto para aqueles que não sabem muito sobre ela, acredito que o título será envolvente devido ao enredo muito bem estruturado, que se desenvolve ao longo de vários anos. A película também incentivará a reflexão sobre as questões que surgem em torno das artes.

Pedro Barbosa

Sinopse: O filme retrata a vida do renomado artista Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio. Ambientado em 1609, o filme explora as profundas contradições e o tormento interior do artista.