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Crítica | Como Treinar o Seu Dragão

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • há 12 minutos
  • 2 min de leitura

Live-action da DreamWorks pode não voar tão alto quanto a animação, mas preserva um carinho autêntico, graças à habilidade mágica de Dean DeBlois



A adaptação live-action de "Como Treinar o Seu Dragão", que é a animação muito querida da DreamWorks lançada em 2010, acabou de chegar aos cinemas pela Universal Pictures. Como era de se esperar, o conto do jovem viking que faz amizade com um dragão conseguiu me emocionar mais uma vez.


Gostei bastante de como o longa de fantasia conseguiu manter a fidelidade à animação original, desde o visual dos personagens até os detalhes dos acontecimentos, chegando a reproduzir cenas quadro por quadro. "Como Treinar o Seu Dragão" percebeu que não era preciso fazer grandes mudanças para justificar sua existência e fez isso com precisão, acrescentando seu próprio charme e uma identidade única que me conquistaram. É bem diferente do que a Disney fez com "Pinóquio" em 2022, quando simplesmente pegaram o filme infantil de 1940 e copiaram sem muita criatividade, deixando a produção meio sem graça.


Confesso que, a princípio, pensei que seria apenas mais um live-action desnecessário, mas fui surpreendido pela direção magistral de Dean DeBlois, o mesmo gênio responsável pela amada trilogia de animação. O elenco, liderado pelos fantásticos Mason Thames, Nico Parker e Gerard Butler, deu vida aos nossos amados personagens, com Mason brilhando como Soluço, o viking cheio de carisma. Ele se encontra em um dilema: seguir o caminho dos caçadores de dragões para agradar seu pai, Stoico, ou aventurar-se na trilha da paz ao lado de seu fiel companheiro, Banguela, o adorável e temido dragão Fúria da Noite.


A maneira como as cenas de ação são dirigidas é um show à parte, especialmente quando Soluço e Banguela formam uma dupla inseparável em acrobacias aéreas de tirar o fôlego. É tão convincente que você quase sente o vento no rosto! Outro ponto alto do título é a mágica dos efeitos visuais que traz os dragões da animação para o mundo real, criando momentos de pura adrenalina. Esses encontros eletrizantes mostram aldeões e dragões de Berk se unindo contra uma ameaça antiga, elevando o nível de emoção. E não podemos esquecer os efeitos práticos, como o vilarejo viking completinho, a arena de combate e o majestoso castelo do chefe Stoico, sem falar nos figurinos super fiéis à época. As paisagens são de deixar qualquer um sem palavras, e a trilha sonora de John Powell é a cereja do bolo, deixando tudo ainda mais espetacular!


Talvez o único ponto que poderia ser melhor é o fato de a história não ter sido explorada de forma mais aprofundada. Como uma nova versão, seria uma ótima oportunidade para mergulhar em mais detalhes, mas esse aspecto acabou ficando um pouco de lado. Algumas tramas extras são mostradas, mas de modo superficial, como a ampla ambição de Astrid, um pouco mais de contato entre o Melequento e seu pai durão, o Gosmento, e um bocadinho mais sobre a origem da tribo. Mesmo assim, "How to Train Your Dragon" é divertidíssimo, perfeito para quem gosta de aventuras. Estou muitíssimo animado para assistir à continuação, que já está confirmada para 2027.


Pedro Barbosa


Sinopse: O jovem Soluço precisa provar ao pai e à aldeia que ele não precisa matar dragões para ser um bom viking.



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