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Crítica | Imaginário: Brinquedo Diabólico

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 31 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de abr.

Mesmo abusando dos clichês, novo filme de terror da Blumhouse mergulha de cabeça no reino da imaginação, trazendo uma trama super divertida e envolvente



No começo deste ano, em janeiro, a Blumhouse lançou "Mergulho Noturno", sob a direção de Bryce McGuire, que me agradou, entretanto, foi alvo de diversas críticas negativas. Agora, em março, a produtora trouxe mais um lançamento de filme de terror, só que dessa vez com uma vibe mais fantástica. Essa abordagem mais fictícia pode agradar alguns e desapontar outros, tudo depende das expectativas de cada pessoa.

 

Inicialmente, o longa dirigido por Jeff Wadlow, conhecido por "Verdade ou Desafio" e "A Ilha da Fantasia", parece seguir um padrão comum de narrativa, explorando a temática de um brinquedo maléfico destinado a causar danos a todos ao seu redor, algo já explorado em "Annabelle" e "Brinquedo Assassino". Seguimos Alice enquanto é influenciada pelo sombrio urso de pelúcia Chauncey, gerando situações que, mesmo que pareçam clichês, conseguiram capturar minha atenção e me manter entretido.

 

Após passear por diversos lugares-comuns do gênero de um jeito proveitoso, "Imaginário: Brinquedo Diabólico" impressiona com uma reviravolta que o leva por um caminho totalmente fantasioso, em sintonia com a criatividade típica da Disney. Na realidade, se o estúdio do Mickey optasse por produzir um conto assustador com a intenção de provocar pesadelos em várias crianças, essa concepção seria ideal.

 

"Imaginary" não é exatamente um festival de sustos, mas mergulha de cabeça em surpreender o público com um visual bastante peculiar. Criaturas demoníacas surgem de maneira assustadora, apresentando olhos completamente obscuros e vozes arrepiantes. Os cenários são impressionantes, especialmente no desfecho, onde os personagens exploram corredores de um mundo surreal que lembra muito a franquia "Sobrenatural".

 

Quanto à trama, os conflitos familiares vividos por Jessica, a protagonista, e sua enteada mais nova cativam o nosso interesse, principalmente pela intensidade das interpretações de DeWanda Wise e, sobretudo, de Pyper Braun. A pequena brilha tanto nas cenas de suspense quanto nas dramáticas. Durante uma sessão com a psicóloga infantil Alana Soto, a atriz mirim demonstra habilidades de atuação incríveis.

 

Mesmo que a obra tenha uma duração satisfatória um pouco superior a 100 minutos, eu teria apreciado ter presenciado um pouco mais. Uma análise mais detalhada sobre a história do pai de Jessica e da mãe biológica psicologicamente instável de Alice e Taylor poderia adicionar mais emoção ao roteiro. Apesar disso, reconheço que é um título muito divertido, com um enredo esquisito, mas ao mesmo tempo agradável de se acompanhar, perfeito para curtir na companhia dos amigos.


Pedro Barbosa


Sinopse: Uma mulher retorna com a família para a casa em que cresceu. Sua filha mais jovem logo fica apegada a um ursinho de pelúcia que ela encontra no porão. Apesar da interação parecer divertida, a situação não demora para se tornar sinistra.



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