Crítica | Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice
- Cinema ao Máximo
- 12 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de abr.
Sequência da icônica comédia de terror de Tim Burton prova que a história de 1988 ainda arranca boas risadas e arrepios

Após uma espera de 36 anos, os entusiastas de "Os Fantasmas se Divertem" finalmente tiveram a chance de conferir a tão esperada sequência do popular filme de Tim Burton. Pessoalmente, não sou um grande fã da produção de 1988. Embora apresente uma história interessante e divertida, na qual um casal recém-falecido, interpretado pelos talentosos Geena Davis e Alec Baldwin, se transforma em fantasmas presos em sua antiga residência, tentando assombrar os novos ocupantes, o longa perde força especialmente na presença do personagem que leva o nome da obra, Beetlejuice.
Com o nome "Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice", a continuação honra seu título: a narrativa repleta de absurdos que encantou o público há mais de 30 anos ainda tem o poder de entreter. Ambientado novamente em Winter River, o filme nos traz a gótica Lydia Deetz já adulta, que agora é mãe da cética Astrid. Assim, vemos o retorno de grande parte do elenco original, além da adição de novos personagens.
Parece que o tempo não passou para Michael Keaton, Winona Ryder e Catherine O'Hara, que voltam a dar vida aos seus icônicos personagens com muito amor. Para enriquecer ainda mais essa agradável comédia de terror, novas estrelas ingressam no time, como Jenna Ortega, Monica Bellucci, Willem Dafoe, Arthur Conti, Justin Theroux, entre outros.
O famoso Besouro Suco não conseguiu transmitir toda a sua essência na película de 1988. Entretanto, fiquei contente ao perceber que, nesta sequência, o travesso demônio aparece de maneira muito mais destacada e hilária, com o ator Michael Keaton mais solto em sua performance. O mesmo se aplica aos demais elementos: a paleta de cores é mais vibrante e os cenários são mais elaborados, levando a um mergulho mais profundo no mundo dos mortos, que apresenta uma variedade de espíritos com visuais surpreendentes. Além disso, os personagens enfrentam conflitos muito mais relevantes: enquanto a família Deetz enfrenta a dor da perda de um membro querido, ela também se vê obrigada a se unir quando a jovem rebelde Astrid, sem querer, abre um portal para o além. Para complicar ainda mais as coisas, Betelgeuse precisa lidar com seus próprios problemas, incluindo a tentativa de escapar de Delores, sua ex-esposa que tem um apetite incontrolável por almas.
A continuação "Beetlejuice Beetlejuice" aprimora consideravelmente o que já era bom. Ela é extremamente bem-vinda, pois além de trazer referências ao título original, como a famosa abertura com os créditos surgindo ao lado da icônica maquete da cidade fictícia, o memorável vestido vermelho de Lydia Deetz, os mesmos cenários do primeiro longa, cenas musicais e a participação do peculiar Bob, também apresenta um roteiro deliciosamente divertido que garante que a experiência jamais se torne cansativa.

Pedro Barbosa
Sinopse: Depois de uma tragédia familiar inesperada, três gerações da família Deetz voltam para casa em Winter River. Ainda assombrada por Beetlejuice, a vida de Lydia vira de cabeça para baixo quando sua filha adolescente rebelde, Astrid, descobre a misteriosa maquete da cidade no sótão, e o portal para a vida após a morte é acidentalmente aberto. Com problemas em ambos os reinos, é apenas uma questão de tempo até que alguém diga o nome de Beetlejuice três vezes, e o demônio travesso volte para levar ao mundo seu próprio estilo de caos.
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