Crítica | Pinóquio

Com a principal finalidade de despertar a nostalgia no espectador, o não tão esperado live-action de "Pinóquio" sob o olhar mágico do renomado diretor Robert Zemeckis, de "De Volta para o Futuro", introduz alguns personagens novos (a marionetista Fabiana, a marionete Sabina e a gaivota Sofia) e entretém com breves easter eggs no decorrer da projeção, mesmo assim, não carrega alterações realmente significativas que intensifiquem consideravelmente o interesse do público, portanto, a produção acaba funcionando unicamente como uma fofinha opção para quem quer conhecer ou rever o conto de fadas do apaixonante boneco de madeira.

O filme dispõe de várias imagens divertidas e em demasia deslumbrantes, impulsionadas pelos efeitos especiais bem charmosos (o CGI tá presente em quase toda a exibição), ainda que em alguns momentos aparentam artificiais, e não se pode esquecer de mencionar o elenco fenomenal, o Grilo Falante e o Pinóquio, interpretados pelos talentosíssimos Joseph Gordon-Levitt e Benjamin Evan Ainsworth, estão extremamente agradáveis, além de fofíssimos, já as presenças do Tom Hanks (como o atencioso e amoroso Geppetto) e da admirável atriz e cantora Cynthia Erivo (como a brilhante Fada Azul) estão altamente desbotadas, apesar do enorme empenho dos dois artistas. Uma pena que o enredo não soube aperfeiçoar a participação de ambos.

É notável ressaltar que não tem absolutamente nada de errado em realizar um remake quase totalmente similar ao longa original, todavia, é vital mencionar que a história fraqueja em sérias categorias, as músicas, que marcaram tanto no passado, acabam cortando de vez o ritmo do texto, tornando-se um tanto quanto desnecessárias, e os conflitos narrativos, que tem o propósito de provocar certas emoções em quem está assistindo, são resolvidos com uma simplicidade boba que, por infelicidade, tira muito do peso da tensão.

Pedro Barbosa

Sinopse: A história da marioneta que embarca numa aventura emocionante para se tornar num menino de verdade.