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Crítica | Premonição 6: Laços de Sangue

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

Novo filme da icônica saga "Premonição" atualiza a fórmula clássica com uma história envolvente, amarrando pontas soltas e garantindo seu lugar entre os melhores da franquia



E não é que o mais recente capítulo da sanguinolenta saga da New Line Cinema, que teve início em 2000, trouxe uma bela surpresa? Depois de um hiato de 14 anos desde "Premonição 5", o novo título prometeu aumentar ainda mais a aflição e o suspense. Em "Premonição 6: Laços de Sangue", a universitária Stefani, atormentada por um pesadelo violento e insistente, volta para casa na esperança de encontrar a única pessoa que talvez consiga quebrar o ciclo mortal e salvar sua família de um destino horrível que parece impossível de evitar.

 

A produção mergulha fundo nos dramas pessoais dos personagens, já que todos fazem parte da mesma família. Nos longas anteriores, geralmente só um ou outro personagem mostrava preocupação com a segurança do parente em apuros, que também estava na mira da morte. Mas, na maioria das vezes, a trama girava em torno de um grupo de amigos ou de pessoas que se cruzaram por acaso.

 

Percebo que a franquia não tá muito interessada em fazer um mergulho profundo nos conflitos pessoais dos personagens, afinal, todos acabam sendo despachados para o além de maneira brutal e inevitável. O show mesmo fica por conta das mortes surpreendentes e chocantes, que são o verdadeiro cartão de visita da série. Para alguns, isso não representa um problema, pois assegura entretenimento e diversão. No entanto, observar os personagens se dirigindo ao desastre sem que isso nos cause preocupação pode ser desalentador. Em "Final Destination Bloodlines", além das mortes de cair o queixo, finalmente vemos um desenvolvimento mais bacana dos personagens, o que nos faz realmente ficar na ponta da cadeira torcendo por eles. Até os próprios personagens ficam de olhos bem abertos, atentos a cada passo que pode levá-los ao fatídico fim.

 

A obra apresenta uma perspectiva inovadora, onde a protagonista não está diretamente envolvida no evento trágico que dá início à narrativa. Em vez disso, somos introduzidos a uma maldição que se transmite de geração em geração. Essa ideia me pareceu genial, pois oferece uma explicação fascinante sobre a origem de tudo. Para aqueles que já são fãs de longa data, estou certo de que irão adorar este novo filme, que traz uma história cheia de mistério e que prende a atenção. Além disso, há uma reviravolta intrigante relacionada ao enigmático William Bludworth, interpretado pelo sempre talentoso Tony Todd, que infelizmente nos deixou em novembro de 2024.

 

Brec Bassinger, que interpreta a versão jovem de Iris, foi um dos grandes destaques para mim. Mesmo com um tempo de tela limitado, ela conseguiu transmitir uma personalidade timidamente carismática, que harmonizou perfeitamente com Max Lloyd-Jones, que faz o papel de seu par romântico, Paul. O restante do elenco também se saiu muito bem, alternando com habilidade entre os tons dramáticos e cômicos de seus personagens. Kaitlyn Santa Juana e Teo Briones fizeram uma parceria sagaz como os irmãos Stefani e Charlie, que têm um relacionamento um pouco distante.

 

Sequências de violência extrema, repletas de mortes sangrentas, continuam a aparecer com frequência, e em alguns momentos, acabam se tornando engraçadas sem intenção. Contudo, preciso destacar que a imprevisibilidade dessas cenas é um grande ponto forte; em várias ocasiões, fui surpreendido pela brutalidade, o que ajuda a manter a essência da franquia viva. Quanto ao episódio catastrófico que ocorre logo no começo, achei simplesmente brilhante. Foi um colapso de uma torre, resultando em mortes gráficas e violentas. Embora não atinja o nível de outros acidentes, como o do avião, a montanha-russa, o autódromo, a ponte e, especialmente, a estrada — que proporcionou um dos trechos mais absurdamente icônicos, em que um caminhão carregado de toras de madeira causa um engavetamento monstruoso — ainda assim, consegue gerar a tensão prometida.


Pedro Barbosa


Sinopse: Atormentada por um pesadelo violento e recorrente, a universitária Stefanie volta para casa para rastrear a única pessoa que, talvez, possa ser capaz de quebrar o ciclo fatal anunciado e salvar sua família da morte terrível que inevitavelmente aguarda todos eles.



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