Crítica | Drop: Ameaça Anônima
- Cinema ao Máximo
- 14 de abr.
- 3 min de leitura
Novo filme da Blumhouse cria uma atmosfera de tensão que deixa o público em suspense, fazendo com que todos fiquem curiosos sobre quem é o vilão e quem será a próxima vítima

Gosto muito dos últimos trabalhos do diretor Christopher Landon, que trouxeram um frescor às histórias com suas narrativas originais e super divertidas. Ele pega elementos clássicos e os transforma em algo ainda mais impressionante! Em "A Morte Te Dá Parabéns", de 2017, ele se inspira em "Feitiço do Tempo", de 1993, misturando habilmente o terror slasher com uma trama de loop temporal cheia de reviravoltas empolgantes, tanto que teve uma continuação em 2019. Outro exemplo de sua criatividade é "Freaky: No Corpo de um Assassino", que faz uma brincadeira com "Sexta-Feira Muito Louca", de 2003, ao mostrar uma adolescente e um serial killer trocando de corpo, o que dá início a uma caçada sangrenta. Quando anunciaram "Drop: Ameaça Anônima", minhas expectativas foram lá para cima e foram atendidas com uma premissa que me manteve tenso do início ao fim!
O novo thriller da Blumhouse logo chamou minha atenção com um crédito inicial bacaníssimo, onde taças e outros objetos se quebram de forma estilosa, lembrando a estética vibrante dos filmes dos anos 2000. Depois dessa introdução marcante, temos um vislumbre do trauma muito profundo de Violet, uma mãe solteira e viúva que quase perdeu a vida nas mãos de seu ex-marido. Essa experiência a moldou, tornando-a uma mulher insegura que decide se arriscar novamente no mundo dos relacionamentos. Ela marca um date em um elegante restaurante com vista em Chicago com Henry, um homem que conheceu por meio de um aplicativo.
O que deveria ser um primeiro encontro romântico se torna rapidamente em um verdadeiro pesadelo. Violet começa a receber mensagens ameaçadoras de uma figura misteriosa encapuzada. Essa presença sinistra ameaça a vida de seu filho pequeno e de sua irmã, que estão em sua casa, a menos que ela faça algo impensável: assassinar Henry.
Ao contrário dos títulos anteriores de Landon, que têm um ritmo bem mais acelerado, "Drop" opta por uma abordagem mais tranquila. Aqui, o perigo se aproxima lentamente, e as suspeitas sobre quem está por trás das mensagens de ameaça vão crescendo aos poucos. Esse estilo me lembra bastante as obras de Agatha Christie, onde vários personagens são apresentados em um único ambiente e precisamos adivinhar quem é o malfeitor. Isso é semelhante ao que acontece em "Assassinato no Expresso do Oriente", que se passa em um trem luxuoso, e em "Morte no Nilo", ambientado em um cruzeiro glamouroso no Egito.
"Drop" atendeu às minhas expectativas ao conseguir plantar uma dúvida na minha mente até os últimos minutos sobre quem seria a pessoa que amedronta a protagonista. O longa cumpriu bem seu papel de criar um ótimo suspense repleto de tensão. Algumas situações do roteiro são um pouco convenientes, como Violet ter que se ausentar constantemente, deixando seu acompanhante Henry sozinho na mesa do restaurante. Em tom de brincadeira, eu acho que, na vida real, ele já teria ido embora há muito tempo. No entanto, me deixei levar completamente pela proposta e me senti totalmente envolvido nas armadilhas criadas pelo misterioso ameaçador. Meghann Fahy, que brilhou em "The White Lotus", encarnou o medo pela segurança da família com maestria. E Brandon Sklenar, que fez "É Assim que Acaba", conseguiu ser ao mesmo tempo carismático e suspeito como par romântico.
Revivendo o clímax alucinante de "Happy Death Day", quando finalmente desvendamos quem é o vilão, "Drop: Ameaça Anônima" nos brinda com um final de deixar qualquer um de queixo caído! Eu, pelo menos, fiquei tremendo de nervosismo com as cenas de ação meticulosamente arquitetadas para nos manter com o coração na boca!

Pedro Barbosa
Sinopse: Violet é uma mãe viúva que vai a um restaurante para se encontrar com Henry. No entanto, ela logo recebe mensagens de telefone de uma figura misteriosa encapuzada que ameaça matar seu filho pequeno e sua irmã, a menos que ela mate Henry.
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