Crítica | Superman
- Cinema ao Máximo
- 13 de jul.
- 3 min de leitura
Dando um salto vibrante para a nova era da DC, filme do icônico Superman traz uma explosão de ação épica, combinada com uma história que não só diverte, mas também provoca reflexões importantes

Marcando o início de uma nova etapa no Universo DC, "Superman" chega como um abraço carinhoso para quem, assim como eu, gosta dos personagens da DC Comics. Depois de Henry Cavill ter vivido o herói com tanto empenho desde 2013, quando estreou em "O Homem de Aço", agora temos David Corenswet no papel. Felizmente, ele consegue manter viva a tradição ao dar vida a um Superman que combina perfeitamente com Kal-El, o alienígena com poderes incríveis enviado à Terra, que mais tarde descobre que pode usá-los para combater o crime. O longa entrega exatamente o que promete: sequências de ação emocionantes e uma trama excepcionalmente envolvente, que também aborda temas políticos.
Ao contrário do épico de Zack Snyder, onde fazemos uma viagem completa pela vida do super-herói desde a infância até a fase adulta, a nova obra de James Gunn, sempre genial, nos joga numa realidade onde Clark já domina a arte de viver com duas identidades. De um lado, ele é o repórter de Metrópolis, apaixonado pela colega Lois Lane, e do outro, um salvador universal, resgatando de humanos a bichinhos em apuros. Gostei bastante de como o foco na personalidade super gentil dele torna ainda mais interessante os planos astutos de Luthor. Lex deseja ser o maioral e aproveita a confiança do Superman na bondade das pessoas para manipular tudo de forma sombria. É aí que entram as discussões políticas, mostrando como opiniões diferentes sobre valores morais podem afastar pessoas.
Com uma história que prende a atenção do começo ao fim, sem nenhum momento cansativo, "Superman" encanta com trechos de ação de tirar o fôlego. Cada situação é tão impressionante que fica difícil não sorrir de orelha a orelha. As lutas, por exemplo, são muito bem planejadas, especialmente aquelas em que Superman enfrenta a vilã Engenheira, interpretada de modo excelente por María Gabriela de Faría, trocando golpes surpreendentes. Além disso, as cenas de voo protagonizadas por Corenswet são simplesmente brilhantes, com efeitos visuais realistas e técnicas práticas que tornam tudo bem convincente.
Não tenho palavras para expressar o quão fenomenal foi a interpretação do David, que com seu carisma natural abraçou de maneira espontânea a essência gentil do alien, um protagonista movido pela compaixão vindo do planeta Krypton. Foi realmente uma performance marcante. Outro destaque importante foi o Nicholas Hoult, que conseguiu transmitir com precisão a ambição descontrolada do supervilão Lex Luthor, numa atuação que merece vários aplausos. O restante do elenco também está de parabéns. Diferente de "Adão Negro", onde a presença de diversos super-heróis acabou complicando as coisas, aqui cada figura foi bem aproveitada na medida certa. Os atores que encarnaram o Sr. Incrível, o Lanterna Verde e a Mulher-Gavião trouxeram um humor totalmente bem-vindo ao filme e fizeram um ótimo trabalho. E não posso deixar de mencionar a Rachel Brosnahan, que deu um ritmo ideal ao papel da Lois Lane, trazendo uma energia irresistível para a narrativa.
Misturando ação épica, ânimo e muitíssimo coração, "Superman", dirigido pelo gênio por trás da trilogia "Guardiões da Galáxia", serve um prato cheio de diversão e entusiasmo, representando um recomeço promissor para a DC.

Pedro Barbosa
Sinopse: Superman embarca em uma jornada para reconciliar sua herança kryptoniana com a criação humana e a rotina na pele do jornalista Clark Kent.
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