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Crítica | M3gan 2.0

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 21 de jul.
  • 3 min de leitura

Ao apostar com confiança na ação e na ficção científica, sequência do terror sensação "M3gan" mostra que explorar novos estilos pode levar a resultados super positivos


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Quando ouvi falar de "M3gan 2.0", confesso que fiquei preocupado, achando que seria uma continuação desnecessária por causa da mudança de tom. O primeiro filme tinha aquela mistura de terror com uma pitada de humor, com a boneca-robô homicida como o principal elemento de medo. Já a sequência parecia apostar mais na ação e na ficção científica, o que me deixou um pouco hesitante. A vilã acaba se tornando uma anti-heroína, que briga para proteger a menina Cady de uma arma robótica de nível militar chamada Amelia, até com uma pegada meio inspirada em "O Exterminador do Futuro". Para minha surpresa, acabei gostando muitíssimo dessa conversão. A troca de estilo foi bem-vinda e deixou a história muito mais cheia de aventuras. Felizmente, o cineasta Gerard Johnstone acertou mais uma vez em cheio.


No título de 2023, de uma maneira sutil e inteligente, foram transmitidas mensagens importantes sobre como as pessoas se relacionam com a tecnologia. Uma nova figura entrou para a lista dos brinquedos assustadores, ao lado de clássicos como "Brinquedo Assassino" e "Annabelle", mas com um toque único de humor negro e muita ironia. Hoje em dia, a inteligência artificial tem chamado bastante atenção na mídia, especialmente pelos riscos que ela pode trazer. Isso inclui questões sobre como ela pode afetar nossas relações e a convivência, como é mostrado em "Acompanhante Perfeita".


"M3gan 2.0" se diferencia da obra original ao mudar a sua narrativa de horror com um pouquinho de comédia para uma trama mais de ação e ficção científica. O ritmo do longa é bem rápido, o que ajuda a manter o espectador interessado e evita que fique entediado. A evolução da protagonista é apresentada de modo natural: ela passa de uma assassina violenta para uma aliada do bem, e a produção explica de forma bem clara as mudanças no seu comportamento, incluindo seu arrependimento sincero pelas ações passadas, mesmo tendo matado quatro pessoas e um cão antes. Na nova versão, M3gan mostra habilidades de combate impressionantes e continua dedicada a escudar Cady, criando uma conexão mais humanizada e positiva com ela.


A película apresenta cenas de ação intensas e imersivas, sobretudo devido às suas técnicas de filmagem que acompanham as lutas violentas, lembrando momentos de "Alita: Anjo de Combate". Ivanna Sakhno, no papel de uma espiã impiedosa, oferece uma atuação excepcionalmente convincente, passando a sensação de que ela é realmente uma robô. O elenco do filme anterior retorna, com Allison Williams e Violet McGraw se destacando pelo crescimento de suas personagens. Gemma, antes uma tia folgada, torna-se uma super-mãe com regras superprotetoras ao perceber que não pode delegar todas as responsabilidades parentais para a boneca biônica, que foi criada para evitar tais obrigações após a sobrinha Cady ficar órfã.


O diretor reverte a moralidade da bonequinha que virou febre na internet, ilustrando metaforicamente como a IA pode evoluir, conquistar redenção e aprimorar velocidade, força e letalidade. Quem diria que isso daria tão certo? A produção não busca grandes reflexões, mas principalmente divertir e entreter. Gostei do resultado e consegui mudar radicalmente uma impressão negativa que havia criado impulsivamente.


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Pedro Barbosa


Sinopse: Uma arma robótica de nível militar conhecida como Amelia torna-se cada vez mais autoconsciente e perigosa para a raça humana. Na esperança de detê-la, Gemma decide ressuscitar M3gan, tornando-a mais rápida, forte e letal.



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