Crítica | Elio
- Cinema ao Máximo
- 5 de out.
- 2 min de leitura
Animação da Disney e Pixar é uma fofura só, mas falta inovação, pois reutiliza muitos elementos de seus sucessos anteriores

A Pixar tem um histórico fabuloso de animações que tocam tanto o coração das crianças quanto dos adultos, tudo graças às questões filosóficas que elas abordam. O último lançamento original do estúdio, que não foi uma continuação, foi "Elementos". Essa comédia romântica entre uma garota de fogo e um rapaz de água me fez gargalhar e também me emocionou. Agora, nos deparamos com Elio, um garotinho louco pelo espaço e com uma imaginação que ultrapassa a Via Láctea, embarcando numa aventura cósmica superdivertida.
É possível perceber a profunda frustração do jovem protagonista, um menino de 11 anos com uma imaginação extraordinariamente fértil. Após a perda de seus pais, ele se muda para a casa da tia Olga, onde anseia por escapar de sua realidade monótona de uma maneira inusitada: sendo abduzido por extraterrestres. E, surpreendentemente, ele consegue! Contudo, ironicamente, é exatamente quando Elio é finalmente levado por uma nave espacial que a narrativa perde um pouco do seu brilho.
Não dá para negar que o filme é uma verdadeira explosão de cores, especialmente quando Elio encontra um grupo de alienígenas bem excêntricos de todas as galáxias, já que ele foi confundido com o embaixador da Terra. As criaturas são um show à parte, e o fofíssimo Glordon, parceiro de Elio, é uma graça só. Entretanto, senti que o início do longa, antes de embarcarmos na espaçonave, foi mais interessante, pois nos colocamos na pele de Elio enquanto ele enfrenta suas inseguranças terráqueas. As peripécias no espaço têm seu encanto, mas teve uma hora que eu comecei a me importar menos com o que estava acontecendo. Uma das razões foi o vilão Lord Grigon, que, na tentativa de deixar o enredo mais agitado, acabou sendo uma figura pouquíssimo convincente. Ele não conseguiu transmitir ameaça nem conquistar minha simpatia, tudo pareceu meio forçado.
A produção de ficção científica conta a história de uma criança que está procurando seu lugar no mundo. A trama é uma aventura espacial bem clássica, com um bocadinho de humor e situações tocantes, e aborda a questão da solidão de quem se sente diferente ou não se encaixa. Acho que a Pixar não tenta inovar muito nesse título, preferindo usar ingredientes que já tiveram sucesso em obras anteriores que criaram.

Pedro Barbosa
Sinopse: Elio, um azarão com uma imaginação fértil, se vê inadvertidamente teletransportado para o Comuniverso, uma organização interplanetária com representantes de galáxias distantes. Identificado erroneamente como embaixador da Terra para o resto do universo, ele começa a formar novos laços com alienígenas excêntricos enquanto descobre quem ele realmente deveria ser.
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