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Crítica | Lobisomem

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Terror da Blumhouse proporciona ótimos momentos de tensão e apresenta um drama familiar que, embora simples, é muito bem construído



Sou fã dos lançamentos da produtora Blumhouse. Neste ano, assisti ao suspense eletrizante "Drop: Ameaça Anônima" e ao intrigante terror sobrenatural "A Mulher no Jardim". Recentemente, vi "Lobisomem", dirigido por Leigh Whannell, que também fez o ótimo "O Homem Invisível".


O filme conta a história de uma família que enfrenta o ataque de uma estranha criatura humanoide. Durante uma fuga carregada de tensão, eles se escondem em casa enquanto a criatura ronda do lado de fora. Eu gostei muitíssimo das atuações do elenco, especialmente a de Christopher Abbott, que conseguiu mostrar de maneira brilhante o lado carinhoso de Blake, um marido e pai de São Francisco que se preocupa bastante com a segurança da esposa, interpretada pela sempre boa Julia Garner, e da filha, vivida por Matilda Firth, que expressou com muita sinceridade o medo diante da situação desesperadora em que se encontrava.


Enquanto são perseguidos por um lobisomem furioso, Blake se depara com um arranhão que se transforma em uma infecção mortal, fruto da criatura peluda. Charlotte e Ginger entram em desespero ao perceberem que Blake começa a se transformar em um monstro. O longa realiza um impressionante equilíbrio entre o horror e um drama familiar repleto de afeto. O amor de Ginger por seu pai, que está disposto a se sacrificar por elas, é profundamente tocante. É doloroso ver o gentil Blake trocando sua simpatia por uma aparência aterrorizante, com cabelos caindo e dentes e unhas se transformando em presas e garras afiadas.


Os efeitos especiais, principalmente os práticos, que mostraram a metamorfose do papai em um lobisomem foram tão realistas que, em determinado momento, o velho Blake era irreconhecível! Palmas também para a incrível fotografia que, com maestria, destacou a obscuridade quase mística da floresta nas escondidas montanhas do Oregon.


"Wolf Man" consegue criar sequências de tensão competentíssimas, sobretudo quando a família sofre um grave acidente ao tentar desviar de um animal assustador na estrada, uma cena muito bem feita. No entanto, a obra acaba se alongando demais na transformação gradual do protagonista em lobisomem, mostrando sua perda de habilidades motoras e de fala. Pessoalmente, não gostei do uso de um filtro colorido e distorcido na fotografia para representar Blake usando sua nova visão noturna enquanto caça no escuro, pois isso pareceu destoar da atmosfera séria que a película estabeleceu no início. Apesar disso, reconheço que é o tipo de produção que realmente faz você roer as unhas nos momentos mais tensos e provoca emoções genuínas ao colocar você na perspectiva de uma família que vê um ente querido se transformar em algo aterrador.


Pedro Barbosa


Sinopse: Atacados por um animal que ninguém consegue ver, Blake e sua família se escondem em uma fazenda enquanto a criatura ronda o perímetro. À medida que a noite avança, ele começa a se comportar de forma estranha, transformando-se em algo irreconhecível.



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