Crítica | Pinóquio
- Cinema ao Máximo
- 19 de mar.
- 2 min de leitura

Com a tão esperada estreia do live-action de "Branca de Neve" se aproximando, decidi revisitar alguns live-actions da Disney. Até agora, o deslumbrante "Malévola", que se baseia no conto da princesa Aurora, continua sendo meu favorito absoluto. Revi "Pinóquio", um live-action que reinterpreta a amada história de um boneco de madeira que embarca em uma emocionante jornada para se tornar um menino de verdade. Embora mantenha uma estrutura bastante semelhante ao filme de 1940, esse remake de 2022 acaba se perdendo na simplicidade ingênua com que os conflitos são resolvidos. A introdução de novas figuras, como a marionetista Fabiana, a marionete Sabina e a gaivota Sofia, traz uma leve esperança, mas, infelizmente, elas se tornam apenas um acréscimo desnecessário a um arco cansativo e incapaz de cativar.
Assim como na primeira vez que assisti, continuo admirando o visual atraente e até mesmo fofinho da produção dirigida por Robert Zemeckis, apesar de o CGI dominar quase toda a exibição. A forma como a Ilha dos Prazeres é retratada é ao mesmo tempo admirável e macabra. O design dos personagens mágicos se destaca pela minuciosidade dos detalhes e pela expressividade de suas feições. Contudo, o elenco, que conta com grandes nomes como Tom Hanks, Joseph Gordon-Levitt, Cynthia Erivo e Luke Evans, não é explorado como deveria, devido ao clima excessivamente artificial que permeia a maioria das cenas. De nada adianta ter efeitos especiais competentes se o elemento principal é negligenciado: um roteiro que realmente nos envolva e nos faça sentir a magia que apenas os títulos da Disney conseguem transmitir.

Pedro Barbosa
Sinopse: A história da marioneta que embarca numa aventura emocionante para se tornar num menino de verdade.
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