Crítica | Robô Selvagem
- Cinema ao Máximo
- 12 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de abr.
Com um visual que vai te deixar tonto de tanta beleza, novo filme da DreamWorks é uma das melhores animações de 2024 e dos últimos anos, garantindo sorrisos e emoções intensas

Em 2022, a DreamWorks nos maravilhou com "Gato de Botas 2: O Último Pedido", uma produção visual e emocionalmente rica que aborda temas de família e crescimento pessoal, merecendo cada instante de sua atenção. Agora, em 2024, o renomado estúdio de animação nos apresenta outra preciosidade que certamente irá prender seu olhar: "Robô Selvagem".
Com uma estética visual impecável que combina técnicas 2D e 3D, similar ao que foi apresentado em "Homem-Aranha no Aranhaverso" e "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas", o filme baseado no livro homônimo de Peter Brown é de uma beleza de tirar o fôlego. Sem dúvida, cada cena poderia ser uma obra de arte exposta em um museu. É importante mencionar também a deslumbrante trilha sonora, que traz uma ótima canção intitulada "Kiss the Sky", interpretada por Maren Morris.
O longa narra a aventura de uma robô que acaba encalhando em uma ilha deserta e precisa se ajustar a esse ambiente adverso, gradualmente formando laços com os animais que lá habitam, inclusive acolhendo um filhote de ganso órfão. Cada um dos personagens introduzidos exerce uma função essencial na história, o que me fez sentir completamente envolvido, observando atentamente cada ação da robô Roz, da raposa Astuto, do ganso Bico-Vivo e dos demais bichos.
O título nos leva a uma jornada extraordinária que, com certeza, encantará o público, trazendo um enredo envolvente sobre a busca pela autodescoberta. Ele apresenta uma perspectiva única sobre a relação entre tecnologia e natureza, além de promover uma reflexão profunda sobre o significado da vida e as interconexões entre todos os seres. Conforme a trama se desenrola, a carga emocional se intensifica, cheia de reviravoltas super empolgantes. Quando tudo parece estar se encaminhando para o final, um acontecimento inesperado vem à tona, tocando nossas emoções de maneira intensa. Portanto, não se esqueça de ter os lenços por perto.
O elenco de vozes da versão original conta com grandes nomes, como Lupita Nyong’o, Pedro Pascal, Catherine O’Hara, Bill Nighy, Kit Connor e Stephanie Hsu. Tive a chance de ver a animação dublada em português, o que me permitiu desfrutar do incrível trabalho de Elina de Souza, Rodrigo Lombardi, Gabriel Leone e outros artistas talentosos. Esses profissionais brilharam ao dar vida a cada uma das personalidades cativantes dos personagens presentes em "The Wild Robot". Eles infundiram tanta emoção nos diálogos que, em alguns momentos, senti arrepios.
Com a promessa de despertar sorrisos e tocar profundamente o coração, a película de Chris Sanders, conhecido por "Os Croods", tem o potencial de conquistar tanto crianças quanto adultos. Aparentemente simples, sua narrativa é elaborada com uma sofisticação admirável. Com absoluta certeza, vejo esta obra como não apenas a animação mais impressionante de 2024, mas também uma das mais inesquecíveis dos últimos tempos.

Pedro Barbosa
Sinopse: Roz, uma robô, acorda sozinha em uma ilha e vai precisar sobreviver nesse ambiente novo à medida que seu passado volta para assombrá-la.
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