Crítica | Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out
- Cinema ao Máximo
- há 54 minutos
- 2 min de leitura
Rian Johnson nos surpreende mais uma vez com um mistério de assassinato cheio de reviravoltas, um elenco maravilhoso e uma história mais sombria

Em 2019, o cineasta Rian Johnson nos deu um presente cinematográfico recheado de mistério, trazendo à tona todo o charme dos romances de Agatha Christie com o longa "Entre Facas e Segredos". Fomos levados a um puzzle de excelente qualidade pelo astuto investigador Benoit Blanc, interpretado de um jeito muito bom por Daniel Craig. Avançando para 2022, a Netflix nos trouxe "Glass Onion: Um Mistério Knives Out", que, assim como seu antecessor, reuniu um time cheio de estrelas e uma trama interessantíssima que fisga qualquer fã de quebra-cabeças!
Finalmente, o tão aguardado terceiro capítulo chegou na Netflix para consagrar uma trilogia de respeito. Em "Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out", o detetive Benoit Blanc, com a ajuda de um jovem padre, investiga um crime impossível na igreja de uma cidadezinha com um passado bem sombrio. Como esperado, fui recebido por um elenco maravilhoso, com destaque para Josh O'Connor, que equilibra perfeitamente as diferentes facetas do protagonista Jud, um ex-boxeador que virou padre católico. Seja nos momentos cômicos, que são muitos e bem colocados, ou nos mais emocionais, ele brilha. Aposto que, assim como o Reverendo Jud, você ficará tonto com tantas reviravoltas incríveis.
Lado a lado com os astros Daniel e Josh, este whodunit ganha ainda mais brilho com a presença de Josh Brolin, Mila Kunis, Jeremy Renner, Kerry Washington, Andrew Scott, Cailee Spaeny, Daryl McCormack, Thomas Haden Church e, dando um show à parte, Glenn Close como Martha. Sem sombra de dúvida, cada um desses talentosos atores joga lenha na fogueira do suspense emaranhado que o roteiro oferece!
O que mais valorizo nesta franquia, escrita e dirigida por Rian Johnson, é que não se trata apenas de um elenco famoso, pois isso, por si só, não garante a força de um filme. O que realmente se sobressai é o evidente empenho do diretor em criar uma narrativa que instiga o público a adotar uma perspectiva investigativa, apresentando enigmas fascinantes que precisam ser desvendados.
Com aquele tom de sátira e investigação afiada, "Wake Up Dead Man" nos leva a um cenário ainda mais sinistro do que a mansão da família Thrombey e o império tecnológico de Miles Bron. Agora, o mistério de assassinato nos transporta para uma paróquia rural comandada pelo Monsenhor Jefferson Wicks, onde uma reflexão profunda sobre fé nos envolve, tudo emoldurado por uma fotografia gótica impressionante, com ângulos que capturam com perfeição os conflitos internos de cada personagem. Posso dizer com alívio que a espera valeu a pena. Um presentão de fim de ano que você não pode perder!

Pedro Barbosa
Sinopse: O detetive Benoit Blanc conta com a ajuda de um jovem padre para investigar um crime impossível na igreja de uma cidadezinha que tem uma história sombria.
.png)






Comentários