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Crítica | Wicked

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 9 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de abr.

Com uma combinação perfeita de magia, música e uma reflexão profunda sobre preconceitos, musical com Cynthia Erivo e Ariana Grande é um verdadeiro festival de alegria e emoção que vai fazer seu coração dançar


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No final dos anos 30, estreou o clássico de fantasia "O Mágico de Oz", inspirado no conhecido livro infantil de L. Frank Baum. Até hoje, essa película permanece como uma das mais prestigiadas do gênero, especialmente pela belíssima canção "Over the Rainbow", que foi cantada pela brilhante Judy Garland no papel inesquecível de Dorothy Gale.


Em meados da década de 90, o romancista Gregory Maguire criou uma narrativa que explorava as origens da Bruxa Má do Oeste, situada na Terra de Oz. Nesta trama, a personagem, antes vista como uma vilã, ganhou uma nova perspectiva, mais simpática. Em 2003, esse conto foi adaptado para um musical na Broadway intitulado "Wicked". O espetáculo alcançou um imenso êxito, gerando adaptações em vários países, entre eles o Brasil, onde Myra Ruiz e Fabi Bang foram as atrizes principais.


Reconhecida globalmente ao longo dos anos, tanto na literatura quanto no teatro, a narrativa que explora a conexão entre as bruxas Elphie e Glinda finalmente foi transformada em filme, graças à adaptação em 2 partes feita pela Universal Pictures. A 1ª parte foi lançada em 2024 e, para nossa felicidade, superou todas as previsões.


Com cerca de 2 horas e 40 minutos de projeção, que pareceram passar em um piscar de olhos, "Wicked" rapidamente se estabelece como um dos grandes musicais da atualidade. A qualidade presente nessa produção é notavelmente elevada, principalmente no que diz respeito à atuação do elenco: enquanto Ariana Grande emana uma energia contagiante nas cenas humorísticas, repletas de diversão, Cynthia Erivo consegue transmitir uma rica variedade de emoções profundas nos eventos dramáticos que de fato tocam o coração. Michelle Yeoh, Jeff Goldblum, Jonathan Bailey, Ethan Slater e Marissa Bode também se destacam, e sinceramente, não consigo imaginar um time de estrelas mais carismático do que este.


O longa inicia de modo surpreendente, cativando nossa atenção com uma performance majestosa da atriz e cantora Ariana, que interpreta a encantadora Bruxa Boa do Sul. Nesse cenário, os moradores da Terra de Munchkin festejam a queda da Bruxa Má do Oeste na Terra de Oz. A carga emocional dessa cena é tão intensa que consegue surpreender até os mais desavisados.


Depois de uma introdução incrivelmente cativante, onde somos apresentados à infância desafiadora da Bruxa Má, a história nos transporta anos antes, quando Elphaba Thropp chega à Universidade de Shiz e forma um laço de amizade com Galinda Upland. A escolha de Cynthia para interpretar a jovem incompreendida, com sua pele verde atípica e ainda à procura de seu verdadeiro poder, revelou-se uma decisão acertadíssima. Ela realmente brilha em cena, sua voz é de uma potência impressionante, um banquete sonoro que faz nossos ouvidos dançarem de alegria. Acompanhar a complicada relação entre as 2 protagonistas, repleta de amor e ódio, é uma experiência que combina emoção e humor, sobretudo sob a direção maravilhosa que guia o enredo. A paixão do cineasta Jon M. Chu é palpável, resultando em um produto final que corresponde perfeitamente às nossas expectativas: os números musicais criam momentos memoráveis, enriquecidos por uma estética visual deslumbrante que encanta o público, com cenários, figurinos e coreografias em grupo de tirar o fôlego.


Outro aspecto que devo destacar é a harmonia perfeita entre os trechos com e sem música. Tudo se encaixa de maneira primorosa, fazendo com que possamos experimentar de jeito genuíno cada momento único. E por falar nisso, não faltam cenas marcantes neste título. Sem exageros, posso afirmar que cada sequência atinge seu objetivo e nos proporciona arrepios deliciosos do começo ao fim.


Com uma combinação de magia, música e uma profunda reflexão sobre preconceitos, "Wicked" é uma obra que merece aplausos e que convida a várias reprises — eu mesmo já assisti 3 vezes, sendo 2 delas no cinema. Este é o tipo de filme que ficará gravado na sua memória por muito tempo, em especial por suas canções extraordinárias. O charme de Grande e a imponência de Erivo dominam a tela e, sem dúvida, conquistarão seu coraçãozinho. Após aquele desfecho impactante, estou ansioso para assistir "Wicked: For Good".


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Pedro Barbosa


Sinopse: Na Terra de Oz, uma jovem chamada Elphaba forma uma improvável amizade com uma estudante popular chamada Glinda. Após um encontro com o Mágico de Oz, o relacionamento delas logo chega a uma encruzilhada.

























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