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Crítica | Wicked: Parte 2

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 23 de nov.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de nov.

Abordando de forma clara e envolvente temas como poder e manipulação, sequência do querido musical "Wicked" impressiona com um visual deslumbrante, canções que tocam a alma e performances emocionantes de Cynthia e Ariana


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Depois daquele desfecho épico de "Wicked", onde pude ver Elphaba se tornando a Bruxa Má do Oeste ao som da inesquecível música "Defying Gravity", fiquei contando os dias para o lançamento de "Wicked: Parte 2". Agora, o momento finalmente chegou, e posso dizer que cada segundo de espera valeu super a pena.

 

Um dos pontos altos do primeiro filme foi a capacidade de manter um ritmo bem envolvente do início ao fim, mesmo com suas longas 2 horas e 40 minutos. Fico feliz em dizer que o mesmo acontece neste segundo título, e com uma diferença que achei muito boa. Enquanto em "Wicked" a atmosfera era mais leve e cheia de humor, em "Wicked: For Good" fui levado a acompanhar os acontecimentos de uma forma mais séria, já que a trama acaba tendo um tom mais sombrio.

 

O talento excepcional das estrelas Cynthia e Ariana é evidenciado ao darem continuidade à jornada, agora menos amigável, entre as bruxas Elphie e Glinda. Os memoráveis gracejos que compartilhavam na Universidade Shiz rapidamente se transformam em uma rivalidade acentuada. Essa tensão surge após Elphaba Thropp se recusar a ser cúmplice dos planos nefastos do Mágico de Oz, enquanto Galinda Upland cede em busca de uma posição prestigiosa na Cidade das Esmeraldas, sob a influência da impiedosa Madame Morrible.

 

Ao passo que a primeira parte proporcionou uma reflexão profunda sobre preconceitos, mostrando os obstáculos que Elphaba enfrenta por ter a pele verde e a desvalorização dos animais falantes, esta segunda parte também se sobressai ao explorar temas como poder e manipulação. É intrigante observar como o povo de Oz permanece completamente alheio às artimanhas do Mágico de Oz e de seus aliados. Além disso, é tocante perceber que, mesmo sendo erroneamente vista como uma vilã, Elphaba demonstra uma preocupação genuína com o bem-estar dos bichos falantes.

 

No meio de um duelo mágico, com a esbelta Bruxa Boa do Sul defendendo sorrateiramente sua reputação e a Bruxa Má do Oeste sendo injustamente malvista pela galera que nem conhece a história toda, me joguei de cabeça nas cenas bastante supimpas, com ou sem música. Cada cenário, figurino e coreografia era um show à parte, e desviar os olhos da tela? Missão impossível!

 

O diretor Jon M. Chu demonstrou mais uma vez sua notável habilidade ao transmitir sua paixão pelo clássico de fantasia "O Mágico de Oz". Tanto para os fãs de longa data quanto para aqueles que se aventuraram recentemente no universo da história, a obra oferece uma rica variedade de easter eggs, habilidosamente incorporados com entusiasmo e um toque dramático essencial. Desde o tornado que transporta Dorothy a Oz até a icônica aparição do Espantalho, do Homem de Lata e do Leão Covarde, a narrativa é encantadora. Fiquei verdadeiramente deslumbrado com o desenrolar do roteiro. Quero destacar o jeito especial com que referenciaram aquelas músicas excelentes que deram o tom do primeiro capítulo. A trilha sonora instrumental é simplesmente perfeita.

 

Ficou claro que eu amei os aspectos técnicos da produção. Sem dúvida, é um dos longas mais bonitos visualmente que já vi, cheio de detalhes incríveis. Os responsáveis pelos efeitos especiais fizeram um trabalho excelente, de alto nível, e foi uma honra assistir a isso. E não posso deixar de aplaudir a força emocional que Cynthia Erivo e Ariana Grande trouxeram em certas sequências que realmente exigiam uma emoção forte. O ponto mais importante, com a comovente canção "For Good", é um exemplo disso. Ambas as atrizes entregaram atuações magistrais, com vozes poderosíssimas que de fato impressionam, isso não há como negar. A intensidade nas expressões delas só mostra uma coisa: prepare o lencinho, porque as lágrimas são garantidas!

 

Com a promessa de fazer seu coração dançar, a continuação de "Wicked" é um espetáculo para os olhos e ouvidos que me causou arrepios saborosos desde o começo até o final. Adorei como personagens como Boq, Fiyero e Nessa roubaram a cena. O filme é mais curtinho que o primeiro, e admito que adoraria ver mais daqueles momentos iniciais, especialmente quando Elphie e Glinda seguem seus próprios caminhos. Mesmo assim, tudo vale a pena pelo resultado final, que é maravilhoso: já vejo "Wicked: For Good" como uma joia do cinema. Assim como o primeiro, esse também vai para a lista de filmes que quero assistir várias vezes!


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Pedro Barbosa


Sinopse: Elphaba, agora demonizada como a Bruxa Má do Oeste, vive no exílio, escondida na floresta de Oz, e tenta desesperadamente expor a verdade que conhece sobre o Mágico. Enquanto isso, Glinda se tornou o glamouroso símbolo da bondade para todo o reino de Oz e desfruta das vantagens da fama e da popularidade. Quando uma multidão enfurecida se ergue contra a Bruxa Má, Glinda e Elphaba vão precisar se unir uma última vez.



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